“… Separa um lugar nessa areia, / nós vamos chacoalhar a sua aldeia / Mistura sua laia / ou foge da raia … / Agora nós vamos invadir sua praia … Se você vai se incomodar / então é melhor se mudar … / Se a gente acostumar a gente vai ficar / A gente tá querendo variar / e a sua praia vem bem a calhar / Não precisa ficar nervoso / pode ser que você ache gostoso / Ficar em companhia tão saudável / pode até lhe ser bastante recomendável / A gente pode te cutucar …” (Ultraje a rigor – 1985)
Posso bem crer que quem compôs esses versos não os terá dedicado urbi et orbi. O local invadido seria esse aí, mesmo. Mas o público invasor teria origem em território bem mais próximo e mais restrito geograficamente, com certeza.
Regras gramaticais à parte, no entanto, os versinhos bem que avisaram. Foram proféticos. E o resultado da invasão foi o mesmo. Ou foi muito pior.
Considerando, no entanto, que pelo menos metade dessa gente flagrada na foto abaixo não fala Português (e a Copa vem chegando…), é até bem possível que alguém esteja achando isso aí muito chique… globalizado… politicamente correto… “saudável”… “recomendável”… “gostoso”… etc. etc. e tal, sei lá que mais.
Quem sou eu pra duvidar?
Turistas e cariocas recorrem à praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, para se refrescar do calor.
Pelo segundo dia seguido, a capital fluminense registrou a maior temperatura do ano com escaldantes 43.2ºC
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