Posted: 13th junho 2013 by Roberta Trindade in Sem categoria
Por determinação da chefe de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, delegada Martha Rocha, as delegacias distritais não terão mais fuzis – que começaram a ser devolvidos nesta terça-feira, dia 11 de junho, e serão substituídos pela carabina Taurus CT-40. As especializadas também serão atingidas, sendo obrigadas a fazer a devolução de 60% do armamento pesado.
Somente contabilizando essas unidades, serão 149 fuzis entregues. As mais afetadas são a Divisão de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), que perderá 32 fuzis, e a Divisão de Homicídios (DH), que ficará sem 28. Logo atrás, a Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter) e a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) – que devolverão 25, cada – seguidas pela Divisão Anti-Sequestro (DAS), que terá que entregar 26 fuzis.
“Eles tiram os fuzis de todas as delegacias e deixam apenas alguns com as especializadas. Só que aí a gente é escalado pra dar apoio a essas delegacias em ações em áreas de risco e vamos mesmo sem ter o devido armamento. Sem falar que nós também precisamos realizar diligências em morros e favelas e precisaremos de apoio”, desabafou um policial lotado na Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), especializada que perdeu 12 fuzis.
“Já usei a CT 40 e posso dizer com propriedade que foi a arma que mais deu pane. De cada 30 disparos, 20 davam pane”, revelou um outro inspetor, da Divisão de Homicídios da Baixada (DH-Baix), unidade que devolverá 11 fuzis.
Em dezembro de 2008, o então diretor-geral de Apoio Logístico da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, coronel Erir Ribeiro Costa Filho – hoje comandante geral da corporação – sugeriu em relatório a substituição dos fuzis da PMERJ e da PCERJ por carabinas Taurus CT 30. Foram utilizados R$ 4,6 milhões na compra das carabinas – 500 para a Polícia Civil e mil para a PM.
Na ocasião, o então chefe da P-1 (Seção de Pessoal e de Assuntos Internos) do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e instrutor de tiros e armamento, major Ricardo Soares, passou cinco dias na fábrica da Taurus e aprovou a troca.
Um ano e meio depois, as carabinas foram devolvidas à Taurus. De acordo com um laudo feito pela PM, as armas apresentavam um problema no estojo do carregador e engasgavam após uma sequência de disparos.
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