* Vania Leal Cintra é nada mais que um resultado da obra daqueles que cuidaram a que bem pudesse vir ao mundo e a que, nele, bem pudesse se encontrar. * Foram muitos nessa história. Alguns desses, ela bem conheceu e bem a conheceram. Alguns ela amou, alguns a amaram. Muito. E muito lhe ensinaram. * Conhece ainda algumas coisas, alguns bichos, alguns ares, alguns mares, alguns lugares, algumas maneiras e algumas outras pessoas mais — não tudo. Gosta imensamente de alguns desses todos — não de todos. * Desfruta de tudo o que tem: uma lembrança ativa e viva do cheiro da maresia e de um horizonte sempre aberto ao Atlântico — essa imensidão azul que, de seu outro lado, guarda quem nos fez desse jeito tão imenso, e que nos diz exatamente de que exato ínfimo tamanho todos nós poderemos, individualmente, alcançar ser; uma casa que, em vida, não pretende deixar, de um só andar, de bom tamanho, interiorana, urbana, mas com jeitão de fazenda, com muitas redes, soluções sacadas do tempo dos engenhos, e imensas janelas que se abrem a pequenos jardins; um carro que por muito tempo ainda manterá, grande, modelo antigo, com quebra-vento e direção mecânica; um piano com belos graves e agudos que o calor, a umidade e seus dedos castigam; canários que cantam quando querem e bem entendem; cães enormes, divertidos e de muito bom caráter; velhos amigos, amigos novos, todos de coração; um bom companheiro e uma prole linda da qual muito se orgulha porque dela pode se orgulhar. * Tem também um título de eleitor que lhe diz que é uma cidadã e que lhe serve a bons motivos como lhe deveria servir. Quando há bons motivos. Quando não há, de nada lhe serve e de nada lhe tem servido ultimamente. * Alguns outros títulos enfeitam as paredes de sua consciência, erguidas pedra sobre pedra: os de brasileira; carioca da gema; tricolor de coração; Assistente de ensino da Escola Magda Tagliaferro; Socióloga; Especialista em Docência no Ensino Superior; Mestre em Integração da América Latina; Doutora em Relações Internacionais. * Crê em que tudo o que é sólido se firma no chão. * Crê também em que as paixões só atrapalham a busca da razão. E em que a boa razão, assim como a honra, é essencial. E crê em que ambas têm certidão de nascimento, portanto, têm bastante idade e suficiente identidade para que não se confundam com o que não são. * Curva-se a uma única Bandeira — a do Brasil. Defende com unhas e dentes os que demonstram honrá-la em terra, mar, ar e adjacências. * Ergue sua voz ao som do Hino Nacional. * Respeita todos aqueles que, no mundo todo, seguem cantando os hinos com que celebram seu próprio passado, no qual procuram alicerçar a projeção de seu futuro; e teme aqueles todos que procuram alicerçar em seu próprio território a projeção do futuro do mundo todo. * Produz, de vez em quando, algumas rimas tronchas e, em prosa, textos muito longos e duros, às vezes muito enfadonhos, às vezes muito ácidos, que nem sempre ou quase nunca dão algum prazer a quem os lê. * Esse resumo bem resume quem ela é. Nada mais tem. Nada mais faz. Nada mais pretende senão deixar, quando se for, cuidada da melhor forma, a melhor semente, no melhor dos terrenos. * Esta é a sua trincheira. Não está em posição avançada. Está na retaguarda. Na resistência. * Sejam bem-vindos os que também defendem a causa que a motiva e também lutam por ela. Sintam-se à vontade.
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